quinta-feira, 24 de junho de 2010

Subversores da ordem, uni-vos!

Tive o prazer - sério, a palavra é prazer - de ser destratado por um leitor da coluna de Reinaldo Azevedo, da revista Veja. Numa postagem de Azevedo sobre Cesare Battisti (que não vem ao caso), um leitor, que não assinou, comentou sobre uma reportagem minha para a revista Almanaque Brasil:

"Estimado Reinaldo,

Lendo este texto sobre o Conare-Battisti, definitivamente concluo que tem algo acontecendo nos ares. Você vai entender porque. É mencionado nele que foram mais de 500 grupos subversivos atuando na Itália a partir de 1969. Todo mundo sabe (ou quase todo, suponho) o que seja “subversivo”, certo? Pois bem, voando recentemente por uma companhia aérea brasileira pude ler a revista “BRASIL Almanaque de Cultura Popular”, ano 10, número 115, novembro, 2008, e uma das matérias tratava sobre “O ano em que o Brasil escureceu - Os ideais revolucionários de 1968 interrompidos pela sombra do AI-5″, de Bruno Hoffmann. Matéria de capa. (Poderia faltar foto de Guevara?). A revista estava livremente nos encostos das poltronas, disponível aos passageiros. Não é difícil imaginar o que trazia a matéria, mas, no seu parágafo final (pág. 19, a respeito do período de validade do AI-5) se lê: ” Tempo suficiente … para prender, torturar e matar qualquer um que soasse como subversor ou inimigo do regime …”. Que tal? Agora, é “subversor”, favor notar! O que este pessoal pensa? Até o português querem mudar? Haja estupidez! A propósito, haja, também, PACs!".

É bom não ser parte desta gente mesmo quando a crítica está certa. Mas, se estiver errada, é a glória!

Dicionário Houaiss:

"Subversor

Acepções
adjetivo e substantivo masculino
que ou o que subverte; subvertedor, subversivo"

Para ler a matéria subversiva, clique aqui.
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